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Vinho Português Pêra Manca (2014) - 750ml


  • Categoria: Vinhos Finos de Mesa
  • Produtor: Fundação Eugénio de Almeida
  • Enólogo: Pedro Baptista
  • Teor Alcoólico: 14,5%
  • Casta: Trincadeira e Aragonez
  • Cor: Granada viva e densa
  • Aroma: Intenso e complexo, com amora silvestre e framboesa, notas balsâmicas, pinho e resina, chocolate branco e tília

História do Pêra Manca

Pêra-Manca é a marca que a Fundação Eugénio de Almeida dedica aos seus vinhos de excepção. A sua qualidade é sobejamente conhecida, sendo um vinho de referência no mercado português e também nos mercados internacionais.

De acordo com a tradição, o nome de Pêra-Manca deriva do toponímico “pedra manca” ou “pedra oscilante” – uma formação granítica de blocos arredondados, em desequilíbrio sobre rocha firme. 

Reza a história que a tradição do vinho Pêra-Manca remonta à Idade Média. Reza também a história que por volta de 1365, Nossa Senhora terá aparecido em cima de um espinheiro a um pastor. Alguns anos depois, foi edificado um oratório em sua honra e em 1458, dada a crescente importância do local como ponto de peregrinação, uma igreja. A posterior fundação de um Convento, que viria albergar a Ordem de S. Jerónimo seguiu-se-lhe. E, nos séculos XV e XVI, os vinhedos de Pêra-Manca eram propriedade dos frades do Convento do Espinheiro. 

Em 1517, os frades do Convento do Espinheiro foram obrigados a arrendar esses vinhedos – por ser muito dispendioso o seu trato – a Álvaro Azedo, escudeiro do Rei e a sua mulher, Filipa Rodrigues. Deles, fala D. João II, numa carta à Câmara de Évora. 

A fama do Pêra-Manca permitiu que acompanhasse muitas naus da Índia no tempo dos Descobrimento. Foi ainda este o vinho que Pedro Álvares Cabral transportou em suas naus quando chegou ao Brasil. 

Foi recuperado no século XIX pela próspera Casa Soares, propriedade do Conselheiro José António d'Oliveira Soares, que o transformou num vinho sofisticado. Contudo, na sequência da crise filoxérica, a Casa Soares deixou de produzir o Pêra-Manca. Foi o herdeiro da extinta Casa Soares, José António de Oliveira Soares, quem, no ano de 1987, ofereceu o nome à Fundação Eugénio de Almeida, que passou a utilizar como rótulo a adaptação de um cartaz publicitário desenhado por Roque Gameiro.

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